domingo, 11 de dezembro de 2011

geomedicina em foco

Existem um conjunto de doenças cuja etiologia (estudo das causas) está relacionada com minerais e ambientes geológicos e é influenciada pelo tipo de fonte e da via de exposição, pela intensidade e duração da exposição e, também, pelas propriedades físicas e químicas dos minerais envolvidos. Tendo em conta estas propriedades, os minerais podem ser essenciais para manter o corpo em boa forma (geofagia, hidroterapia, balneoterapia, dermofarmácia, dermocosmética), mas em certas circunstâncias, a deficiência ou o excesso podem constituir factores de desenvolvimento de doenças (silicose, asbestose, selenose, etc). A preocupação crescente das sociedades relativamente às interacções com o meio ambiente/saúde está na base do ressurgimento de uma nova e interessante área do saber, hoje denominada Geologia Médica, a qual foi antes chamada Geomedicina, Geologia Ambiental, Geoquímica Médica, designações todavia não equivalentes. O principal objectivo desta nova área científica emergente (Geologia Médica), é o estudo dos impactes negativos e positivos dos elementos químicos e de minerais na saúde pública. Neste post vou apenas referir a importância das águas minerais naturais, termais ou não. O uso da água mineral natural para prevenir e curar doenças remonta a 50.000 anos atrás, isto é, à Idade do Bronze. Água termal é aquela cuja temperatura é notoriamente mais alta do que a temperatura atmosférica média do local onde emerge. A água de nascente termal pode considerar-se muito quente ou escaldante, quando a sua temperatura se situar próximo da temperatura da água fervente, ou somente quente quando a sua temperatura for notoriamente mais alta do que a temperatura atmosférica do local onde emerge, mas inferior à temperatura do corpo humano. A água mineral natural é uma água bacteriologicamente aceitável, de circulação profunda ou extensa na crosta terrestre, que possui propriedades físico-químicas estáveis na sua origem e lhe conferem interessantes propriedades terapêuticas, ou simples efeitos favoráveis à saúde, devido à natureza e teor em minerais que contém. A Hidrologia Médica é uma designação abrangente de todos os domínios científicos que se ocupam do uso medicinal da água, métodos de aplicação e soluções. A hidroterapia consiste no uso da água com bases científicas, como agente terapêutico no tratamento de patologias variadas, utilizando vários modos ou processos e várias gradações de temperatura (desde água gelada até ao vapor de água). A balneoterapia é a ciência que se ocupa dos banhos e dos modos de os fazer, inclusive dos seus efeitos no tratamento da doença. A crenoterapia (termo derivado do Francês crénotherapie) consiste na administração interna (consumo oral) de uma água mineral para o tratamento da doença. A natureza e a extensão das reacções estão dependentes dos constituintes químicos que predominam na água e dos teores respectivos.

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